CUPIM
Os cupins são insetos pertencentes a ordem Isoptera (iso= igual; ptera=asas), conhecidos também como térmitas, siriris ou aleluias.
Assim como as abelhas e formigas, são espécies sociais com divisões de tarefas e diferenças morfológicas, formam castas de indivíduos que podem ser ápteros (sem asas) ou alados. Vivem em colônias populosas e formam ninhos conhecidos como termiteiros ou cupinzeiros (Gallo et al., 2002).
Os cupins possuem:
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Cabeça livre com formato e tamanhos variados;
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Olhos compostos nas formas aladas e atrofiados nas formas ápteras, geralmente tem dois ocelos (olhos menores, comuns nos insetos);
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Antenas moniliformes;
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Aparelho bucal mastigador;
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Dois pares de asas membranosas que possuem uma satura basal ( por isso as asas se soltam após a revoada);
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Abdome volumoso e séssil com 10 segmentos.
Organização social
Os cupins possuem formas jovens e adultos. Os adultos se separam em dois grupos: os sexuados alados machos e fêmeas que tem a função de propagar a espécie fora do cupinzeiro e o rei e a rainha da colônia que se reproduzem no interior dela. A segunda categoria de adultos são cupins ápteros conhecidos como obreiros ou operárias e soldados. As operárias realizam todas as funções da colônia como: alimentação, limpeza, construção e os soldados tem a função de defender a colônia, podendo auxiliar as operárias em alguns momentos.
Importância ecológica
Os cupins são conhecidos pelo ser humano pela capacidade de consumir madeira, podem destruir móveis, portas, estruturas de madeira das casas, etc. Constroem galerias e câmaras e acabam destruindo o material do local onde vivem, assim, são considerados como pragas urbanas.
Os cupins subterrâneos são os que causam os maiores danos à agricultura, podem destruir sementeiras, cana, cereais e tubérculos. Também podem prejudicar as raízes do café, socas de cana e abacaxi e eucaliptos.
Mas, como conseguem comer a madeira?
No intestino de muitas espécies existem protozoários mastigóforos que auxiliam na digestão da celulose presente na madeira e em cupins mais evoluídos a simbiose se dá com bactérias e/ou fungos. A digestão da madeira fornece aos cupins proteínas e sais minerais e a celulose energia para o metabolismo. O canibalismo e a alimentação por regurgitação e defecação.
Nos meses de agosto a outubro, os cupins alados saem em revoada para originar novos cupinzeiros e posteriormente realizar a cópula. Nesse período, necessitam estar em contato com a madeira ou o solo.